Ontem, uma operação em conjunto na Vila Cruzeiro, na Penha, (24/05) deixou ao menos 22 mortos e 7 feridos, segundo Hospital Getúlio Vargas. Um dos corpos foi levado por um motorista de aplicativo que, segundo a Polícia Civil, foi obrigado a deixá-lo no Hospital estadual Getúlio Vargas.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada, instaurou, um Procedimento Investigatório Criminal para apurar as circunstâncias das mortes ocorridas durante operação policial realizada no Complexo da Penha, na madrugada desta terça-feira. A ação contou com agentes do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope), e das Polícias Federal (PF) e Rodoviária Federal (PRF).
O secretário de Polícia Militar, coronel Luiz Henrique Marinho Pires, disse que a comunidade da Vila Cruzeiro, na Zona Norte do Rio, passou a receber mais criminosos de outros estados nos últimos anos, pelo menos 4 deles eram do Norte do país – 3 do Pará e 1 do Amazonas, em entrevista à TV Globo, lamentou a morte da Moradora.
“Eu sou da época que os bandidos não encaravam a polícia, se é que posso dizer que os bandidos eram “malandros”, vendiam drogas e não queriam problemas com a polícia, hoje, querem atirar na polícia, fazer arrastões, esculachar morador, esse assunto é extensivo, entre os fatores que trouxeram o aumento dos pontos de vendas de drogas, estão os “arregos”, os maus políticos e o grande número de viciados, que não para de crescer. Nesta mesma Penha, passei grande parte da minha infância na rua Jacupema nº 31, onde quando criança, nossos ídolos eram nossos pais, na rua, os que soltavam pipa melhor, os que se destacavam jogando bola, totó, sinuca, bola de gude, pião, ou mesmo com um instrumento musical na mão, na tendinha do seu Zé Ferreira e na Folia de Reis, quando adolescentes, tínhamos que estudar, namorávamos escondidos e respeitávamos os mais velhos e nossos professores os que se destacavam como líderes nas ruas, eram para cobrar acertos e corrigir erros dos mais novos, não para ensinar o que não presta, hoje, as crianças crescem nas comunidades, tendo como exemplos, os que possuem um fuzil atravessado, possuidores de cordões de ouro e 10 namoradas, repito que o assunto é extensivo, não sou da área de segurança pública, mas, queria saber se nos locais onde maconha é permitido, morre tanta gente diariamente, como vimos em nosso estado, quem diz isso não sou eu, os números falam por si só, no meio da confusão estão as inúmeras famílias que sofrem com perdas das vítimas desse sistema, baixas diárias de polícias, onde não vimos tanto barulho, feito pela mídia, longe de comparações, ambas as mortes são lamentáveis, que não vimos melhoras, nem mesmo temos expectativas, uma coisa é certa, nosso modelo de combate é ineficiente, estou com 59 anos, certo que nossas políticas de segurança pública nos últimos 30 anos, não trouxeram resultados que pudessem ser comemorados, tudo isso é muito triste”” Disse Marcelo Cerqueira