Um superfaturamento de R$ 71,7 milhões nas obras da Transoceânica e na implantação do sistema BRT de transporte, em Niterói, foi identificado pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ). O consórcio Constran-Carioca e um diretor da Empresa Municipal de Moradia, Urbanização e Saneamento (Emusa) foram condenados a devolver esses recursos ao município.
A obra, carro-chefe da gestão do ex-prefeito Rodrigo Neves, custou mais de R$ 450 milhões a Niterói. Prometia a implantação do Bus Rapid Transit (BRT) na Transoceânica, ligando Charitas ao Engenho do Mato.
A obra e o chefe
Rodrigo Neves entregou o projeto a um consórcio formado pelas construtoras Carioca e Constran. Um dos empreiteiros, Ricardo Pessoa, dias antes de ser preso pela Operação Lava-Jato, telefonou para Rodrigo Neves, a quem chamou de “meu chefe”, e recebeu convite para almoçar em Niterói, para falarem sobre a obra contratada sem licitação.
O contrato foi assinado segundo o Regime Diferenciado de Contratações (RDC), criado pela ex-presidente Dilma Roussef para supostamente acelerar as construções para a Copa do Mundo em 2014. O RDC foi aplicado em Niterói com a desculpa de que a Transoceânica era financiada pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), incluído no regime especial.
“No período desta obra, trabalhávamos em Niterói, saíamos do Recanto todos dias, sofremos diariamente seus efeitos, teve um trecho que quebraram mais de uma vez, erraram o projeto, absurdamente no fim, os BRT’S não puderam ser usados, na CARA DE JIMO o sistema foi entregue aos empresários de ônibus, não podemos esquecer que o ex-prefeito de Niterói foi preso e as investigações apontaram que Rodrigo Neves recebeu R$ 10 milhões do reembolso da gratuidade de ônibus no município e agora volta como como pré-candidato a governador, ainda bem, que agora a população tem vários canais de informações, entre eles as redes sociais, precisamos eliminar da política esses, que já nos foram apresentados” Disse Marcelo Cerqueira